[firebase-br] Banda Larga

Josué josue em ciberpoint.com.br
Sex Jul 10 11:18:32 -03 2009


Na Verdade, o Brasileiro precisa deixar de ser Otário.
Lembro bem quando apareceram os primeiros tocafitas de carro que com meros 
7Watts tinha um som de qualidade. Hoje se compra uma caixinha de som de 
computador de 280Watts e racha na metade do volume.
A física mudou?, Não, o que mudou foi o Marketing (naquela época a gente nem 
sabia o que era isso), mas sabia o que era Watts, e sua unidade (RMS) hoje 
virou uma salada de siglas só pra confundir. Assim ta acontecendo na 
Internet. Cada operadora quer dar a ilusão (isso mesmo, ilusão) que a sua é 
mais rápida, mas a física não muda, é a mesma para todos e cada tecnologia 
tem sua limitação. Acredito que se continuar do jeito que vai, a internet 
vai ficar pior que o apagão aéreo, pois a infraestrutura tem prazo para ser 
implantada, Mas os aplicativos para Internet se multiplicam a cada dia e 
cada vez mais devoradores de recursos.
Equipamentos que prometem 100MB, na prática chegam no máximo a meros 30MB na 
sua maioria. Tenho um amigo com conexão de 4MB que consegue no máximo 
450Kdown e pasmem, 70 a 100Kup.
Em nosso provedor prometemos e entregamos 128k up/down, o concorrente faz 
barulho oferecendo 300k, 500k e até mais a preços menores, muitos vão 
embora, mas a maioria (que precisa) sempre volta. Por que será?

Josué D. Silva
Telecomunicações Curupira Ltda
SCM - Ouroeste - SP
017 - 38431606
----- Original Message ----- 
From: "Eduardo C" <ecostas em gmail.com>
To: "FireBase" <lista em firebase.com.br>
Sent: Thursday, July 09, 2009 8:09 PM
Subject: Re: [firebase-br] Banda Larga


Lembrei-me de um artigo que li no final da década de 80, onde o articulista
americano questionava o próprio governo com relação a investimentos em
educação, citando a Coréia do Sul, país relativamente pobre e que estava
investindo percentualmente muito mais que os Estados Unidos. Apesar do baque
que os Tigres Asiáticos sentiram, foi assim que conseguiram tornar-se
potências. A proposta de se colocar computadores (PCs) nas escolas
brasileiras também tem sido muito discutida É algo muito bonito,
interessante no aspecto de propaganda, mas esbarra no problema de formação e
remuneração dos professores e das escolas que, muitas vezes, não têm nem
giz. Vi isso acontecer no Colégio Técnico, dentro da UFMG, não sei como está
atualmente, mas imagino que ainda seja o que acontece principalmente em
municípios e bairros mais carentes.

Quanto à nossa "banda larga", pagamos preço de topo de linha pelo que seriam
algumas das velocidades mais baixas no exterior. Além de geralmente nos
penalizarem por tráfego, reduzindo a velocidade para 10% quando se faz
alguns uploads e downloads maiores; a velocidade de upload normalmente é 10%
da velocidade de download e as quedas do serviço são consideradas como
normais. Exceto nos casos mais extremos, como os da Speedy nos últmos meses.

Eduardo

2009/7/6 Renato André <renato em keninfo.com.br>

> Pessoal,
>
> Achei esse texto interessante, e como tem a ver direta ou indiretamente 
> com
> todos aqui, optei em transcrevê-lo, foi publicado no Jornal O Globo. Vale 
> o
> conhecimento.
>
> Abraços.
> Renato André.
>
>
> "
> Banda Lenta
>
> Benito Paret*
>
>
>
> O Brasil dispõe de um dos piores serviços de internet em banda larga do
> planeta. Enquanto a média mundial de velocidade é de 13 megabits por 
> segundo
> (mbps), 90% dos assinantes brasileiros acessam a rede a, no máximo, 2 
> mbps.
> Assim mesmo, nos horários de pouco tráfego. Isso porque as operadoras só 
> se
> obrigam, por contrato, a garantir conexão a 10% da velocidade contratada.
> Como a Internet é considerada um serviço de valor adicionado oferecido 
> pelas
> operadoras, a Agência Nacional de Telecomunicações não fiscaliza, não
> supervisiona, nem regula as operações.
>
> A União Internacional de Telecomunicações (UIT) define banda larga como
> conexões iguais ou acima de 2 mbps. Como a maior parte dos contratos não
> garante além de 10% da velocidade contratada, conclui-se que para a 
> maioria
> dos brasileiros banda larga é, sem trocadilho, uma "conexão virtual". Pior
> que isso: pagamos pela nossa velocidade de carroça mais que os países
> europeus e que nossos vizinhos sul americanos. Em julho do ano passado o
> custo médio mensal, no Brasil, era de US$ 30 por 128 quilobites por 
> segundo
> (kbps). Nossos irmãos argentinos pagavam, na mesma época, US$ 27 por 512
> kbps; e os chilenos US$ 34 em troca de 300 kbps.
>
> Na abertura do evento Portugal Tecnológico em Lisboa, em novembro de 2008,
> ouvimos que o projeto do governo era transformar Portugal numa potência
> tecnológica. Para isso, o desafios era interligar 100% do país por fibras
> ópticas e oferecer a todas as empresas e cidadãos acesso à Internet a
> velocidades de 100 mbps. Achamos, no mínimo, um exagero, mesmo para um 
> país
> tão pequeno como Portugal. Quando lá voltamos, em maio ultimo, 100% do 
> país
> estava interligado por fibras ópticas (1% por satélite). E ouvimos que até 
> o
> final do ano a Portugal Telecom teria vendido um milhão de pacotes de 20 
> ou
> 100 mbps. Os de 20, a cinquenta euros mensais. Os de 100, a! setenta.
>
> Apenas 4,6% da população brasileira acessam os serviços de banda larga. Na
> Argentina, a cobertura alcança 6,6%. No Chile, 8,8%. E na Coréia do Sul,
> 26%. De onde se conclui que a conexão em banda larga, no Brasil, não só é
> ruim, como também é limitada e cara.
>
>
> A maioria dos municípios brasileiros não oferece conexão dedicada à
> Internet. Só acesso discado. Muito menos banda larga. Por total 
> desinteresse
> das operadoras locais. No Rio de Janeiro, nem os municípios da Região
> Metropolitana, ou sequer os bairros da Zona Oeste têm, na sua maioria,
> acesso a esse serviço. Pior ainda: paga-se no Rio, o acesso mais caro do 
> Sul
> e Sudeste, por conta de um ICMS 20% acima dos demais estados da região.
>
> Instalar computadores nas escolas e distribuir milhares de laptops a
> professores sem disponibilizar conexão em banda larga é jogar dinheiro 
> fora.
> Sem conexão que permita baixar filmes, imagens e programas mais pesados,
> educação pela Internet não passa de ficção. Banda larga não é um luxo, nem
> se instala computador em escola para jogar paciência e enviar e-mail. Sem
> banda larga, jamais nos inseriremos na sociedade da informação.
>
> Se há uma área em que o Estado precisa intervir para botar o Brasil em pé
> de igualdade com seus concorrentes é a da Internet. Essa é uma
> responsabilidade dos ministérios da Educação, das Telecomunicações, da
> Ciência e Tecnologia, dos estados e municípios. Sem uma política pública 
> que
> exija universalização, qualidade e preço, o serviço de banda larga
> existente, deterá o desenvolvimento tecnológico do país.
>
> Sem infraestrutura tecnológica de qualidade e barata nosso ingresso na Era
> do Conhecimento não passará de discurso vazio. Num mundo que se move a
> terabites por segundo, não serão os maiores que engolirão os menores, mas 
> os
> mais rápidos que engolirão os mais lentos.
>
> *Benito Paret é presidente do SEPRORJ - Sindicato das Empresas de
> Informática do Estado do Rio de Janeiro.
>
> Fonte: Jornal O Globo, caderno Opinião de 04/07/2009"
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